segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A Copa do vídeo-tape



O futebol brasileiro já estava no topo do mundo quando foi disputar a Copa de 1962, no Chile. A seleção nacional ainda contava com as estrelas do título de quatro anos antes. Pelé e Garrincha eram os principais nomes para levar o país ao bicampeonato mundial. A comissão técnica continuava nas mãos de Paulo Machado de Carvalho. O técnico Vicente Feola estava doente e foi substituído por Aymoré Moreira. A seleção conquistou o título, mas a caminhada não foi tão fácil como torcedores e parte da imprensa imaginavam. O protagonista do enredo do mundial de 62 foi um gênio. Um gênio das pernas tortas que tinha nome de passarinho. 


O rádio e o vídeo-tape 


Mais uma vez os brasileiros acompanharam os jogos da Copa do Mundo pelo rádio. A transmissão ao vivo para o país só seria possível em 1970. Depois da conquista do mundial anterior, as emissoras planejaram uma ampla cobertura. A proximidade com o Chile tornava o envio de profissionais mais barato. Pesquisando os jornais da época é possível encontrar chamadas das rádios, anunciando a transmissão da Copa. O narrador da Rádio Globo era Waldir Amaral.



A Rádio Bandeirantes manteve a dobradinha da Copa anterior: Pedro Luiz e Edson Leite. A Panamericana (Jovem Pan) escalou uma estrela de primeira grandeza do microfone: Fiori Gigliotti. A Rádio Record teve as narrações de Geraldo José de Almeida. 




O mundial de 1962 foi marcado por um avanço tecnológico: o surgimento do vídeo tape. A TV chilena ainda estava engatinhando, tinha apenas três anos. O Telesistema Mexicano, um predecessor da Televisa, fundado em 1955 pelo empresário Azcárraga Vidaurreta, fechou contrato para gravar as 32 partidas em vídeo-tape e fazer a distribuição aos países. Os jogos das duas Copas anteriores, na Suíça e na Suécia, foram transmitidos ao vivo para países da Europa. Mas em 1962 o continente teve de se contentar com o rádio. No Chile, somente 10 partidas disputadas no Estádio Nacional de Santiago tiveram exibição pela TV. Mas o alcance da transmissão era limitado. Pesquisando os jornais da época, encontrei apenas uma referência à exibição de um jogo por vídeo-tape no Brasil: 




Depois dos jogos, as fitas eram levadas ao Brasil pelos aviões da FAB. Normalmente o tape ia ao ar no dia seguinte à partida. Não tem como saber quantos jogos foram exibidos em VT no país ao longo da Copa. E ainda assim, apenas 13 cidades puderam assistir reprise dos jogos, como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. O narrador esportivo Walter Abrahão, da TV Tupi, lembra: "Eu corria para o aeroporto com uma fita pesada debaixo do braço para que o Brasil pudesse assistir às vitórias da seleção". 



Dos 32 jogos gravados em vídeo-tape em 1962, a maioria se perdeu no tempo. Em meu acervo pessoal, tenho seis partidas gravadas pelo Telesistema Mexicano. Do total, cinco são do grupo do Brasil (exceto o empate por 0 a 0 contra a Tchecoslováquia) e a final contra os Tchecos. Em 1998, fiz uma pesquisa na Cinemateca Brasileira sobre a Copa de 62. Uma funcionária me entregou cinco fitas VHS. O conteúdo era da TV Tupi. Em uma delas estava gravado o primeiro tempo de Brasil e Inglaterra pelas quartas de final. A imagem era impecável! Tentei inúmeras vezes conseguir essa cópia, mas a burocracia da Cinemateca sempre dificultou o processo. Talvez essa fita já tenha se perdido. A Cinemateca disponibiliza na internet trechos de jogos da seleção em 62, mas são filmes com baixa qualidade com a narração de Walter Abrahão. 



O dia dia da Copa


"Como nada temos, teremos que fazer tudo". Foi com essa frase que o responsável por comandar a organização da Copa de 1962, Carlos Dittborn, tentava dar ânimo à equipe de trabalho. O país tinha sido sacudido por um terremoto, dois anos antes. Nascido no Rio de Janeiro, Dittborn era filho de Eugênio Dittborn, Cônsul Geral do Chile no Brasil. No entanto, o organizador da Copa morreu em 28 de abril de 1962. Em homenagem a ele, a célebre frase foi estampada no placar dos estádios. O Chile não tinha nada. E realmente tudo foi feito. A fórmula de disputa seria a mesma de 58, com 16 seleções divididas em 4 grupos em Santiago, Viña del Mar, Rancágua e Arica. O mundial de 1962 teve jogos marcados pela violência. Chile e Itália fizeram o que ficou conhecido como a "Batalha de Santiago", destaque mais do que negativo na competição. O Comitê Disciplinar da Copa chegou a se reunir para discutir medidas de controle à violência.

Grupo 1 - Uruguai, Colômbia, URSS e Iugoslávia
Grupo 2- Chile, Itália, Alemanha e Suíça
Grupo 3- Brasil, Tchecoslováquia, Espanha e México

Grupo 4- Argentina, Bulgária, Hungria e Inglaterra.

O técnico Vicente Feola, com problemas renais e cardíacos, ficou no Brasil acompanhando a Copa pelo rádio. O escolhido para comandar o time foi Aymoré Moreira, ex-goleiro e treinador de destaque. Ele era irmão de Zezé Moreira que comandou a seleção em 1954. O grupo fez uma preparação em cidades do estado do Rio e de São Paulo: Campos do Jordão, Nova Friburgo e depois Serra Negra. Já no Chile, em Valparaíso, a seleção jogou amistosos contra times locais. Dos 11 jogadores que disputaram a final da Copa de 58, nove estavam em campo para a estreia contra o México. As duas alterações foram na zaga. Saiu o capitão Bellini e entrou Mauro Ramos de Oliveira. Já Orlando deu lugar a Zózimo. 

A Copa começou no dia 30 com quatro partidas: o Chile estreou com uma vitória por 3 a 1 sobre a Suíça, em Santiago. A Argentina, que tinha um bom jogador, José Sanfilippo, derrotou a Bulgária por 1 a 0. O Uruguai passou pela Colômbia: 2 a 1.

Já a seleção brasileira entrou em campo para o duelo contra o México no estádio Sausalito, em Viña del Mar, com Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Depois de um primeiro tempo sem gols, Zagalo balançou as redes aos 11 da etapa final. Pelé entrou  na área adversária driblando como uma "locomotora", expressão usada por um locutor chileno, e marcou o segundo, aos 28.




A imprensa fez críticas ao time brasileiro. O desempenho ficou abaixo das expectativas. Aymoré Moreira sofria pressões para tirar Mauro da equipe e escalar Bellini, capitão em 1958. Até mesmo Paulo Machado de Carvalho defendia a mudança. Mas o treinador manteve Mauro.

Os jornais estamparam fotos de Vicente Feola com o ouvido colado ao rádio, acompanhando o jogo.




No dia 31 de maio, a União Soviética, do goleiro Yashin, estreou em Arica e venceu a Iugoslávia por 2 a 0. Já no clássico europeu em Santiago, Alemanha e Itália ficaram no 0 a 0. Pelo grupo do Brasil, a boa seleção da Tchecoslováquia derrotou a Espanha por 1 a 0. Um dos destaque da "fúria" era o húngaro Puskas, vice- campeão mundial em 54. Ele se naturalizou espanhol e a Fifa ainda não proibia que atletas, mesmo tendo vestido a camisa do país de origem, atuassem por uma outra seleção. Aliás, era igual ao caso do argentino Di Stéffano que também atuou pela Espanha.

Fechando os jogos do dia 31, a Hungria passou pela Inglaterra: 2 a 1.

A seleção brasileira voltaria a campo para enfrentar a Tchecoslováquia, em Viña del Mar, com ampla cobertura das rádios. 







O jogo contra os Tchecos foi duro e terminou empatado: 0 a 0. Pelé
se contundiu sozinho ao dar um chute de longa distância . Como não havia substituições, o Rei foi obrigado a ficar fazendo número na ponta esquerda, já que não eram permitidas substituições. O estiramento muscular tirou Pelé da Copa. Os jornais disseram o seguinte sobre a atuação do Brasil: "No começo era bom. Quase que ficou ruim no fim".



Ainda no dia 2, a Iugoslávia derrotou o Uruguai por 3 a 1, em Arica. Em Rancágua, um bom jogo: vitória da Inglaterra sobre a Argentina: 3 a 1. Já no Estádio Nacional foi disputado o jogo que ficou conhecido como a "Batalha de Santiago", um dos mais violentos em todos os tempos. Uma briga entre o chileno Leonel Sanchez e o italiano Paride Tumburus desencadeou a violência. O árbitro Aston, da Inglaterra, foi obrigado a apartar os jogadores em inúmeros momentos de confusão. O juiz expulsou dois italianos: Giorgio Ferrini e Mário David. O Chile venceu o duelo por 2 a 0, gols de Ramirez e Toro. As duas seleções deixaram o campo escoltadas. 

No dia 3, URSS e Colômbia fizeram um dos melhores jogos da Copa: 4 a 4. O soviéticos estavam vencendo por 4 a 1, mas cederam o empate. A Alemanha passou pela Suíça, 2 a 1. A Hungria goleou a Bulgária: 6 a 1. A Espanha venceu o México, 1 a 0, mantendo chances de se classificar.

A seleção brasileira, sem Pelé e criticada pela imprensa, tinha de passar pela Espanha. O jogo não seria fácil. E ainda pairava a dúvida sobre o substituto do camisa 10.





O jogador que entrou em campo no dia 6 de junho de 1962 no lugar de Pelé vestia a camisa 20. Depois do mundial, ele ganharia o apelido de "possesso". Estamos falando de Amarildo Tavares da Silveira. O craque do Botafogo foi o escolhido por Aymoré Moreira e não fugiu da responsabilidade. Costuma-se dizer que em 1962 Mané Garrincha jogou por ele e por Pelé. É a pura verdade. Os dois atuavam pelo time carioca, assim como Nílton Santos e Zagallo. Já Didi, outro integrante da "Estrela Solitária", tinha jogado com Di Stéffano no Real Madrid. O meia brasileiro não escondia a irritação com o atleta argentino, mas que agora estava vestindo a camisa da Espanha. Nos tempos em que atuou pelo time madrilenho, Didi se sentia boicotado e queria aproveitar a partida da Copa para tirar as possíveis diferenças. Mas felizmente nada aconteceu. Di Stéffano não foi escalado.

A seleção jogou com Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagallo. Adelardo da Espanha abriu o placar, ao 35 do primeiro tempo. Na etapa final, Amarildo, aproveitou um cruzamento de esquerda e venceu o goleiro Araquistain. Garrincha começava a aparecer com mais frequência e, em uma jogada sensacional pela direita, cruzou na cabeça de Amarildo que fez 2 a 1. Antes, quando o jogo ainda estava 1 a 0, Nílton Santos derrubou um adversário dentro da área, mas deu dois passos para frente e o árbitro Sérgio Bustamante, do Chile, marcou falta fora da área. Nílton Santos nunca escondeu ter cometido o pênalti e dizia que se não tivesse dado dois passos à frente, talvez o Brasil não seria campeão.




Apesar das dificuldades, a seleção estava classificada para a próxima fase. O time, mesmo sem Pelé, iria subir de produção nos jogos seguintes e conquistar a Copa com justiça.

Nos demais jogos do dia 6, a União Soviética venceu o Uruguai por 2 a 1. A Celeste estava eliminada. Em Santiago, a Alemanha derrotou o Chile, 2 a 0, mas as duas seleções se classificaram. A Hungria empatou com a Argentina, 0 a 0, e garantiu vaga. Já os argentinos voltaram para casa mais cedo.

Fechando a fase de grupos da Copa, em Arica, a Iugoslávia goleou a Colômbia por 5 a 0. A Itália venceu a Suíça por 3 a 0, mas estava fora do mundial. Pelo grupo do Brasil uma surpresa: a Tchecoslováquia perdeu para o México: 3 a 1. Já a Inglaterra só empatou com a Bulgária e ficou de fora da fase seguinte.

As quartas de final foram disputadas em 10 de junho: Chile x URSS, Iugoslávia x Alemanha, Brasil x Inglaterra e Tchecoslováquia x Hungria.



O estádio Sausalito e Viña del Mar foi palco de um duelo histórico: Brasil e Inglaterra. As duas seleções tinham empatado por 0 a 0 na Copa anterior. Agora, a seleção iria fazer uma das melhores apresentações no mundial. Aymoré Moreira manteve a escalação do jogo contra a Espanha e que se repetiria até a final: Gilmar, Djalma Santos, Mauro e Zózimo; Nílton Santos, Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagallo. Garrincha fez uma apresentação magistral. Mané marcou dois gols, o primeiro e o terceiro do jogo: um de cabeça e o outro com um chute de fora da área. O segundo foi de Vavá. O primeiro tempo terminou empatado por 1 a 1, mas a seleção deslanchou na etapa final. A cena que correu o mundo foi a de Garrincha sendo driblado por um cachorro que invadiu o gramado. A seleção estava mais uma vez entre as quatro melhores do mundo.



Em Arica, também no dia 10, o Chile garantiu a vaga com um resultado histórico diante da União Soviética: 2 a 1. A Iugoslávia eliminou a Alemanha: 1 a 0. O placar foi o mesmo da vitória da Tchecoslováquia sobre a Hungria.

As semifinais foram disputadas em 13 de junho: Chile x Brasil e Tchecoslováquia e Iugoslávia. 




Pela primeira vez na história, um cozinheiro fez parte da delegação brasileira em uma Copa. Para o jogo contra o Chile, o cuidado com a comida foi redobrado. Era prudente evitar que algo fosse colocado na refeição dos brasileiros no hotel. Os jogadores foram disputar a semifinal na base de sanduíches preparados pela comissão técnica. O time foi de trem para Santiago. Por ordem de Paulo Machado de Carvalho, o grupo desceu duas estações antes do Estádio Nacional e completou o trajeto de ônibus. O objetivo era fugir de um contato direto com os torcedores chilenos. O estádio estava lotado: 76 mil torcedores. Apesar da pressão, o Brasil era superior. Quando se diz que Garrincha jogou por ele e por Pelé, o jogo contra o Chile é o grande exemplo disso. Ele fez um gol de cabeça (já tinha marcado um com a Inglaterra) e outro de pé esquerdo. A seleção vencia por 2 a 0 quando Toro diminuiu, aos 42 do primeiro tempo. Na etapa final, Vavá fez dois e Leonel Sanchez marcou o segundo do Chile. 4 a 2! O Brasil estava classificado para a finalíssima. No entanto, uma preocupação para o duelo decisivo. Garrincha iria jogar ou não? Explicando: cansado de levar pontapés do chileno Rojas, ele devolveu a agressão. O bandeirinha uruguaio Estebam Marino viu e dedurou Mané para o árbitro peruano Arturo Yamazaki. O juiz expulsou o ponta brasileiro. Lembrando sempre que as expulsões eram verbais. Os cartões só foram implementados em 1970. Garrincha seria julgado e poderia ficar fora da final. Mas, no dia da audiência, Esteban Marino não apareceu para dar o testemunho. Esse caso é motivo de controvérsia até hoje. Por que o bandeirinha não foi ao julgamento? Esteban Marino era conhecido dos cartolas de São Paulo, pois já tinha apitado partidas do Campeonato Paulista. Será que houve suborno? Garrincha estava absolvido. O ex-árbitro Olten Ayres, suplente naquela Copa do Mundo, confirmou em uma entrevista ao Sportv que o juiz titular do Brasil naquela Copa, João Etzel, pegou 10 mil dólares da CBD e deu para Esteban Marino desaparecer do Chile.  


Brasil e Tchecoslováquia voltariam a se enfrentar na Copa. A seleção europeia garantiu vaga na final com uma vitória por 3 a 1 sobre a Iugoslávia, em Viña del Mar. 

A boa campanha dos chilenos foi premiada com a conquista do terceiro lugar: 1 a 0 sobre a Iugoslávia, no dia 16.



As agências de turismo anunciavam pacotes para a final do domingo, dia 17 de junho.




Santiago do Chile. 17 de junho. O dia do bi!


A Bandeirantes instalou um painel luminoso para a torcida acompanhar o jogo pelo rádio. A luz acendia, indicando o local onde a bola estava no gramado.  






Durante toda a Copa, Pelé se esforçou para conseguir voltar a campo. A contusão era séria. Apesar do trabalho do médico Hilton Gosling, o rei do futebol estava fora da final contra a Tchecoslováquia.


Garrincha acordou no dia da final com 40 graus de febre. No entanto, entrou em campo e jogou com muita raça. Quatro anos depois da decisão de 58, a seleção contava com 8 jogadores que enfrentaram a Suécia. Contra a Tchecoslováquia, a escalação do Brasil foi a seguinte: Gilmar, Djalmas Santos, Mauro, Zózimo e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagallo. A seleção jogou de amarelo. Em 58 tinha sido de azul. A partids foi limpa e equilibrada no primeiro tempo. A geração tcheca era boa. Masopust abriu o placar aos 15 minutos. Dois minutos depois, Amarildo invadiu a área pela esquerda e chutou praticamente da linha de fundo. A bola entrou entre Schroif e a trave direita do goleiro. No segundo tempo, o futebol do Brasil cresceu. Amarildo fez uma grande jogada pela esquerda e cruzou para a cabeçada certeira de Zito, aos 24 do segundo tempo. Aos 33, Djalma Santos mandou a bola para o alto na área. O goleiro da Tchecoslováquia se atrapalhou com o sol e largou a bola nos pés de Vavá. Placar final: 3 a 1. Mauro Ramos de Oliveira repetiu o gesto de Bellini e ergueu a Jules Rimet. O Brasil igualou Itália e Uruguai. Estava no topo do futebol mundial pela segunda vez. 




O Brasil é tomado por festa. Pela primeira vez, a seleção foi recebida por um presidente em Brasília, inaugurada em 1960. No caso João Goulart.


TABELA COPA 62

GRUPO 1

30/05/1962 Arica: Uruguai 2 x 1 Colômbia
31/05/1962 Arica: União Soviética 2 x 0 Iugoslávia
02/06/1962 Arica: Iugoslávia 3 x 1 Uruguai
03/06/1962 Arica: União Soviética 4 x 4 Colômbia
06/06/1962 Arica: União Soviética 2 x 1 Uruguai
07/06/1962 Arica: Iugoslávia 5 x 0 Colômbia

GRUPO 2

30/05/1962 Santiago: Chile 3 x 1 Suíça
31/05/1962 Santiago: Alemanha Oc. 0 x 0 Itália
02/06/1962 Santiago: Chile 2 x 0 Itália
03/06/1962 Santiago: Alemanha Oc. 2 x 1 Suíça
06/06/1962 Santiago: Alemanha Oc. 2 x 0 Chile
07/06/1962 Santiago: Itália 3 x 0 Suíça


GRUPO 3

30/05/1962 Viña del Mar: Brasil 2 x 0 México
31/05/1962 Viña del Mar: Tchecosl. 1 x 0 Espanha
02/06/1962 Viña del Mar: Brasil 0 x 0 Tchecosl.
03/06/1962 Viña del Mar: Espanha 1 x 0 México
06/06/1962 Viña del Mar: Brasil 2 x 1 Espanha
07/06/1962 Viña del Mar: México 3 x 1 Tchecosl.

GRUPO 4

30/05/1962 Rancágua: Argentina 1 x 0 Bulgária
31/05/1962 Rancágua: Hungria 2 x 1 Inglaterra
02/06/1962 Rancágua: Inglaterra 3 x 1 Argentina
03/06/1962 Rancágua: Hungria 6 x 1 Bulgária
06/06/1962 Rancágua: Argentina 0 x 0 Hungria
07/06/1962 Rancágua: Bulgária 0 x 0 Inglaterra

QUARTAS

10/06/1962 Arica: Chile 2 x 1 União Soviética
10/06/1962 Santiago: Iugoslávia 1 x 0 Alemanha Oc.
10/06/1962 Viña del Mar: Brasil 3 x 1 Inglaterra
10/06/1962 Rancágua: Tchecosl. 1 x 0 Hungria

SEMIFINAIS

13/06/1962 Santiago: Brasil 4 x 2 Chile
13/06/1962 Viña del Mar: Tchecosl. 3 x 1 Iugoslávia

TERCEIRO LUGAR

16/06/1962 Santiago: Chile 1 x 0 Iugoslávia

FINAL

17/06/1962 Santiago: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia



Fontes consultadas: 


- Acervo dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo (1962);

- Livros: O Jogo Bruto das Copas do Mundo (Teixeira Heizer) e Todas as Copas do Mundo (Orlando Duarte).


O AUTOR





Thiago Uberreich é formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999). Começou a carreira, em 1996, na Rádio Eldorado de São Paulo (atual Estadão).  Passou pelas funções de redação, edição, reportagem e apresentação.

Em 2005, recebeu convite para integrar a equipe de reportagem da Jovem Pan. Participou de inúmeras coberturas e atuou como setorista no Palácio dos Bandeirantes. Desde março de 2016, apresenta o Jornal da Manhã (6hs às 10hs).

Apaixonado por futebol e história das Copas do Mundo, gosta de elaborar séries especiais.

Em 2010, venceu o prêmio Embratel, categoria Reportagem Esportiva, com a série Histórias das Copas, veiculada nos meses que antecederam o mundial na África do Sul.  Em 2011, levou ao ar a série "Vozes do Tri", sobre a conquista da Copa de 70. Em 2012, fez a série "50 anos do bi". Em 2015, produziu "A Copa que nunca acabou", sobre o mundial de 1950. Em 2016, conseguiu reunir os áudios na íntegra dos seis jogos da seleção brasileira em 50. Possui um dos maiores acervos pessoais de vídeos de futebol do país. São 4 mil horas de gravação (2 mil DVDs).

Críticas, sugestões ou correções: tuberreich@gmail.com